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2012 - Livro Vermelho 2013

Maranta subterranea J.M.A.Braga VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 28-10-2011

Criterio: B1ab(iii)+2ab(iii)

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor:

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie ocorre na Mata Atlântica nos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e, possivelmente, Bahia. Tem EOO de 8.482,35 km² e AOO de 20 km², e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. Embora duas localidades sejam em unidades de conservação (SNUC), o ambiente de Mata de Planície, onde a espécie ocorre, é altamente vulnerável, sujeito a fogo e vem sofrendo degradação por pressão de pastagem, agricultura e empreendimentos imobiliários. Por esses motivos, a espécie foi categorizada como "Vulnerável" (VU).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Maranta furcata Nees & Mart;

Família: Marantaceae

Sinônimos:

  • > Maranta subterranea ;
  • > Maranta anderssoniana ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre na Mata Atlântica nos Estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Braga, 2011).

Ecologia

A espécie ocorre no sopé dos morrotes mamelonares e em trechos conservados de matas de planície com influência fluvial (periodicamente inundada) (Braga, 2001). O autor cita que a planta em cultivo floresce e frutifica o ano inteiro. Entre as espécies de Marantaceae, o sucesso reprodutivo está associado à participação de polinizadores eficientes no desencadeamento do mecanismo de disparo do estilete, bem como com a precisa transferência dos grãos de pólen para o corpo do polinizador. Essa associação entre eficiência de polinizadores e precisa deposição dos grãos de pólen é de extrema importância para a reprodução das espécies dessa família, uma vez que o mecanismo do estilete, após ser desencadeado, não volta mais para sua posição inicial (Leite; Oliveira, 2007).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade high
Detalhes ​Resta menos de 7% da cobertura original de Mata Atlântica,que foi intensamente degradada pela perda de habitat, vinculada à retirada delenha, exploração ilegal de madeira, caça, extrativismo ilegal e invasão deespécies exóticas (Tabarelli et al.,2005).

Ações de conservação

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: Braga (2001) cita que clone do espécime tipo (coletado em 22 junho de 1999) está sendo cultivado.

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Referências

- LEITE, M. S.; OLIVEIRA, J. B. A Família Marantaceae nos Herbários do Estado de Pernambuco: Distribuição e Conservação. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 2, p. 789-791, 2007.

- BRAGA, J. M. A. Marantaceae: Novidades Taxonômicas e Nomeclaturais. Eugeniana, v. 25, p. 32-36, 2001.

- BRAGA, J. M. A.STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. S., ET AL. Marantaceae. 2009. 516 p.

- STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, ES, 2007.

Como citar

CNCFlora. Maranta subterranea in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Maranta subterranea>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 28/10/2011 - 18:35:21